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CPI da Covid adia depoimento de advogada de Bolsonaro e marca votação do relatório final


Em reunião por videoconferência realizada neste domingo (12), a CPI da Covid decidiu marcar para os dias 28 e 29 de setembro a votação do relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL), estendendo os trabalhos por mais uma semana. Os senadores também desistiram de ouvir, na próxima quinta-feira (16), a advogada Karina Kufa, que atua para a família Bolsonaro. No lugar dela, será ouvido Danilo Trento, diretor da Precisa Medicamentos.

Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ao Congresso em Foco que a intenção é ouvir outros depoentes ligados à Precisa Medicamentos antes de ouvir a advogada. "Não foi descartado ouvi-la. Pode ser na próxima sexta ou na semana que vem. Teremos basicamente seis ou sete depoimentos para terminar a CPI, fora algumas reuniões administrativas", afirmou.

O senador Renan Calheiros deverá apresentar seu relatório entre os dias 23 e 24. Será concedido o prazo de uma semana, então, para os integrantes da comissão analisarem as conclusões do emedebista.

"Estamos querendo convocar a senhora Karina Kufa pelos notórios diálogos que ela possui com vários lobistas que estão sendo investigados por esta CPI, diálogos e tráfico de influência em favor da empresa Precisa”, justificou Randolfe na reunião em que o requerimento de convocação da advogada foi aprovado.

Na próxima terça-feira (14), os senadores ouvirão Marcos Tolentino, sócio do Fib Bank. Já na quarta (15) será a vez de ouvir Marconny Albernaz Faria, apontado como lobista da Precisa. Ele deveria ter prestado depoimento à CPI no último dia 2, mas  apresentou atestado médico para justificar sua ausência. Quanto a Marcos Toletino, a CPI se ampara em decisão judicial que torna sua presença na comissão obrigatória.

De acordo com Randolfe, a CPI deve decidir nesta semana se vota o requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), para convocar Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e mãe de Jair Renan. Embora Renan Calheiros tenha se comprometido a apresentar seu relatório até a próxima semana, a CPI tem regimentalmente prazo para deliberar até o início de novembro.


Por: Edson Sardinha do Congresso em Foco 

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