Temer faz pronunciamento à nação e se compara a Tiradentes
O presidente Michel Temer usará a rede nacional de rádio e
tevê, convocada para a noite desta sexta-feira, para fazer propaganda de seu
governo e reclamar de quem o critica, chegando a se comparar, indiretamente, a
Tiradentes, cujo dia é comemorado neste sábado.
"Que nesse 21 de abril, lembremos que Tiradentes foi
acusado e condenado por lutar e defender um Brasil livre, forte e independente.
Ao final, a história lhe deu a vitória maior. Seu exemplo de luta é exemplo
para todos nós que trabalhamos para trazer mais conquistas ao Brasil",
afirma o presidente no pronunciamento, segundo texto divulgado previamente pelo
Palácio do Planalto.
No pronunciamento de aproximadamente cinco minutos, que irá
ao ar nesta noite, Temer diz que há "uma torcida organizada pelo
fracasso" no país que "tenta perder o jogo todos os dias".
"É fácil bater no Michel Temer! É fácil bater no
governo, é fácil só criticar. Quero ver fazer. Quero ver conquistar! Quero ver
construir e realizar o que nós conseguimos avançar em tão pouco tempo."
Temer defende que o governo "virou o jogo" da crise
econômica e teve ações positivas em diversas áreas, da baixa da inflação e dos
juros, ao meio ambiente, saúde, educação.
"Precisamos de uma injeção de otimismo no país.
Precisamos, verdadeiramente, de bons sentimentos. O Brasil voltou para ganhar.
E precisamos ter orgulho disso", afirma.
O último pronunciamento em cadeia de rádio e tevê feito pelo
presidente foi em fevereiro, para explicar a intervenção federal na área de
segurança no Rio de Janeiro. Antes, na véspera do Natal de 2016. Em outras
ocasiões, a equipe de comunicação do Palácio do Planalto prefere divulgar vídeos
curtos nas redes sociais.
Desta vez, Temer que já deu indicações de que pode buscar nas
urnas um segundo mandato como presidente-- fala também das eleições deste ano.
Afirma que é um "ano de escolhas" e que trabalhará para que o pleito
ocorra na "maior tranquilidade.
"É preciso coragem. É preciso saber fazer. E estamos na
direção certa", diz. "É hora de nos unirmos para não perdermos o que
foi conquistado", conclui, evocando o tom que seu partido, o MDB, tem
usado para defender uma candidatura à Presidência.
Por: Lisandra Paraguassu.
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