Triplex atribuído a Lula vai a leilão público em maio
O triplex no Guarujá, atribuído pelo MPF (Ministério Público
Federal) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, irá a leilão no dia 15 de
maio, às 14h, segundo decisão da Justiça Federal. O apartamento foi avaliado em
R$ 2,2 milhões.
Caso não apareçam interessados na primeira data, o juiz
determinou que o imóvel seja colocado novamente em leilão no dia 22 de maio,
com um lance mínimo de 60% do valor (R$ 1,32 milhão).
O leilão público do triplex foi determinado pelo juiz federal
Sérgio Moro no dia 29 de janeiro, cinco dias após a condenação de Lula a 12
anos e quatro meses de prisão pelo TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª
Região).
Para colocar o imóvel em leilão antes mesmo do trânsito em julgado do
processo, Moro alegou que o apartamento está em situação de abandono, sem
manutenção e tendo seu valor depreciado.
O valor arrecado com o leilão será depositado em juízo e, com
o trânsito em julgado da ação penal contra Lula, poderá ser repassado à
Petrobras, caso a sentença seja confirmada, ou ao seu proprietário de fato, em
caso de revisão.
Outro lado
De acordo com a defesa do petista, Lula não é dono do imóvel.
“O Tribunal Regional Federal da 4a. Região reconheceu no
julgamento do recurso de apelação que o apartamento é e sempre foi de
propriedade da OAS Empreendimentos. O ex-Presidente Lula jamais teve a posse e
muito menos a propriedade do imóvel. Lula, portanto, jamais foi proprietário do
apartamento, que foi usado em um enredo criado com o objetivo pré-determinado
de condenar o ex-Presidente, em um claro cenário de lawfare, que consiste no
mau uso e no abuso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição
política. A prova final é que mesmo o juiz Sérgio Moro reconhece que os
recursos do leilão podem ir para a OAS”.
Triplex do Guarujá
De acordo com a Justiça, Lula é o verdadeiro dono do triplex.
As reformas feitas no imóvel pela construtora OAS, como a instalação de um
elevador privativo, eram parte de pagamento de propina da empreiteira ao
ex-presidente pelo favorecimento da empreiteira em contratos com a Petrobras.
Para o MPF, as reformas eram destinadas a “um cliente
específico”, no caso Lula.
A acusação sustenta que haviam sido destinados a Lula R$ 3,7
milhões na aquisição e reforma do triplex no Guarujá, sem que o ex-presidente
pagasse a diferença pelo apartamento, de melhor qualidade, do imóvel que ele e
a esposa pretendiam comprar no prédio.
Desse valor, uma parte teria sido utilizada para o
armazenamento, entre 2011 e 2016, de presentes que Lula recebeu durante os
mandatos como presidente.
Thais Skodowski, do R7
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