SUS incorpora dez novas terapias alternativas
O Ministério
da Saúde anunciou ontem, no Rio, a inclusão de dez novas práticas alternativas
ao Sistema Único de Saúde (SUS) como florais, aromaterapia, bioenergética,
constelação familiar e cromoterapia (veja ao lado a lista completa). A partir
de agora, são 29 procedimentos oferecidos. O anúncio foi feito na abertura do
Primeiro Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública, no
Riocentro. As terapias alternativas começaram a ser oferecidas pelo SUS em
2006, com acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. No
ano passado, foram incluídas mais 14 práticas: arteterapia, ayurveda, biodança,
dança circular, meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia,
quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e
ioga.
Essas
alternativas estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios,
segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Entre as mais procuradas estão a
acupuntura e a medicina tradicional chinesa.
“Somos, agora,
o país que oferece o maior número de práticas integrativas disponíveis na
atenção básica. O SUS financia esse trabalho com a transferência para os
municípios, e nós passamos então a caminhar um pouco na direção do fazer e não
cuidar da doença”, disse. No ano passado, foram realizados mais de 1,4 milhão
de atendimentos aos usuários.
De acordo
com o Ministério da Saúde, evidências científicas têm mostrado os benefícios do
tratamento combinado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares.
Além disso, há um crescente número de profissionais capacitados e habilitados e
uma valorização dos conhecimentos tradicionais. Somente no ano passado foram
capacitados mais de 30 mil profissionais.
Porém, o
Conselho Federal de Medicina rebate as afirmações do ministério e critica a
inclusão de tais técnicas. “As práticas integrativas feitas no SUS não têm
resolubilidade, não têm base na medicina em evidências e, portanto, oneram o
sistema e não deveriam estar incorporadas”, declarou o presidente do conselho,
Carlos Vital.
Ele afirmou
ainda que os médicos não podem prescrever essas terapias, com exceção da
acupuntura, reconhecida como especialidade médica. “Os médicos só podem atuar
com procedimentos e terapêuticas que têm reconhecimento científico”, disse.
(das agências)
TERAPIAS
INCORPORADAS AO SUS
APITERAPIA -
utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como a apitoxina, geléia
real, pólen, própolis e mel. AROMATERAPIA - uso de concentrados voláteis
extraídos de vegetais. BIOENERGÉTICA - visão diagnóstica aliada à compreensão
do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios
terapêuticos. CONSTELAÇÃO FAMILIAR - técnica de representação espacial das
relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou
membros da família. CROMOTERAPIA - utiliza as cores com o objetivo de
harmonizar o corpo.
GEOTERAPIA -
argila com água aplicada em ferimentos, lesões e doenças osteomusuculares.
HIPNOTERAPIA - conjunto de técnicas que induz a pessoa a alcançar um estado de
consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados. IMPOSIÇÃO
DE MÃOS - realiza transferência de energia para o paciente a fim de diminuir
estresse e ansiedade. OZONIOTERAPIA - mistura dos gases oxigênio e ozônio por
diversas vias de administração com finalidade terapêutica. Usado em
odontologia, neurologia e oncologia. FLORAIS - uso de essências florais que
modificam certos estados vibratórios.
Fonte: O Povo
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