IPC planeja retomar serviços nesta quarta-feira
Após a Justiça do Trabalho ter decidido pela reabertura do
Instituto de Polícia Científica (IPC) de João Pessoa, o órgão agora começa a se
organizar para retomar os serviços que são oferecidos à população. A ideia é
iniciar todos os trabalhos a partir desta quarta-feira (14).
De acordo com o diretor geral do IPC, Israel Aureliano,
vários objetos do local tiveram que ser retirados por conta da interdição do
prédio e precisam ser levados novamente ao prédio para que as atividades voltem
a acontecer novamente. Os serviços em questão são de identificação criminal de
presos, perícias em local de crimes com mortes violentas, danos a veículos,
arrombamentos e engenharia forense, além da emissão da carteira de identidade
(RG).
“Agora estamos respaldado pela Justiça e vamos poder voltar
normalmente às nossas atividades. Agora é preciso organizar de novo os
trabalhos, trazer novamente o que foi retirado daqui. É mais uma questão de
adaptar a realidade, mas espero que nesta quarta-feira comece a andar tudo
normal”, explicou Israel.
Entenda o caso
Os problemas do IPC vieram à tona quando, no dia 2 deste mês,
uma vistoria do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) encontrou
fossa e esgoto a céu aberto em salas de necropsia, fiação elétrica exposta,
coletes a prova de balas vencidos no local e diversas outras irregularidades.
No dia 6, uma determinação do MPT-PB interditou o órgão por
“grave e iminente risco de condições de trabalho do órgão”. A situação gerou
atritos entre o Governo do Estado e o MPT-PB.
A interdição foi classificada como ‘caos que precede a ordem’
pelo presidente do Sindicato dos Peritos da Paraíba (Sindiperitos), Herbet
Boson Teixeira Silva.
Após a interdição, os serviços de identificação criminal de
presos, perícias em local de crimes como mortes violentas, danos a veículos,
arrombamentos e engenharia forense, que eram realizados no prédio do IPC
passaram a ser feitos provisoriamente na Academia de Ensino da Polícia Civil
(Acadepol). Já os serviços de emissão de RGs continuam sem definição de quando
voltarão a funcionar.
Juíza concede liminar e IPC volta a funcionar em João Pessoa
A juíza da 3ª Vara do Trabalho, Herminegilda Leite Machado,
concedeu liminar, nesta terça-feira (13), suspendendo por 120 dias o fechamento
do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB). Com isso, os serviços
vão voltar a funcionar.
Na decisão, a juíza estabeleceu que o Governo do Estado
precisará cumprir com as normas de Saúde e Segurança, minimizando no menor
espaço de tempo possível os riscos químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes verificados no IPC-PB.
“Entendo por bem suspender os efeitos da interdição por 120
dias, viabilizando-se assim que o Estado possa realocar a estrutura do IPC em
outro local ou realizar os procedimentos necessários para a execução do serviço
de reforma referido, o que entender mais salutar e eficiente dentre da
autonomia da Administração”, afirmou a juíza.
Local passa por obras
Após a polêmica envolvendo a estrutura do IPC, nesta terça
(13), foram iniciadas algumas obras no prédio. A reforma se dá após o MPT-PB
ter interditado o local e a Justiça do Trabalho ter determinado a volta das
atividades no prédio.
Apesar desse contexto, segundo o diretor geral do órgão,
Israel Aureliano, essa obra já estava no planejamento do Governo do Estado.
“Começamos hoje essa situação [de obras]. O pessoal começou a
trabalhar de manhã. É uma que já estava programada de deve durar de 40 a 50
dias. Nestas obras acontecem intervenções em problemas apontados pelo MPT”,
explicou Israel Aureliano.
Entenda o caso
Os problemas do IPC vieram à tona quando, no dia 2 deste mês,
uma vistoria do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) encontrou
fossa e esgoto a céu aberto em salas de necropsia, fiação elétrica exposta,
coletes a prova de balas vencidos no local e diversas outras irregularidades.
No dia 6, uma determinação do MPT-PB interditou o órgão por
“grave e iminente risco de condições de trabalho do órgão”. A situação gerou
atritos entre o Governo do Estado e o MPT-PB.
A interdição foi classificada como ‘caos que precede a ordem’
pelo presidente do Sindicato dos Peritos da Paraíba (Sindiperitos), Herbet
Boson Teixeira Silva.
Após a interdição, os serviços de identificação criminal de
presos, perícias em local de crimes como mortes violentas, danos a veículos,
arrombamentos e engenharia forense, que eram realizados no prédio do IPC
passaram a ser feitos provisoriamente na Academia de Ensino da Polícia Civil
(Acadepol). Já os serviços de emissão de RGs continuam sem definição de quando
voltarão a funcionar.
Por Pedro Alves e Halan Azevedo
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