Últimas Notícias

Um esboço, Duas Estradas: Para ontem e hoje


A falta de água em Duas Estradas-PB e cidades da Região em tempos de pandemia pode representar um perigo muito grande á essas populações, pois é fato amplamente divulgado que devemos lavar as mãos com frequência com água e sabão (no mínimo), como forma básica de higiene, embora saibamos que no Brasil, nem em todos os recantos existam água em bom estado de uso (potável). A prática de lavar as mãos com frequência é tão importante para a prevenção da saúde, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconhece como uma das melhores estratégias para evitar infecções. A água não pinga na cidade á pelo menos três meses, e a distribuição em carros pipas é feita de forma desigual, e pior, não chega a todas as ruas/comunidades.

Estudos comprovam que higienizar as mãos com sabão ou sabonete pode reduzir pela metade os riscos de infecções do aparelho respiratório. Lavar as mãos deve ser um hábito, e recomenda-se que as higienize antes e depois de ir ao banheiro; após tossir, espirrar, coçar o nariz ou os olhos; depois de chegar da rua, após tocar em suportes de uso compartilhado, como mesas, barras de ônibus e maçanetas; antes e depois de estar com alguém doente. Para além de lavar as mãos, desde o inicio da COVID 19, tem sido recomendado o higiene em roupas e calçados, sempre que voltarmos das ruas as nossas casas. O fato é que, em se tratando do Município de Duas Estradas-PB, essas ações de higiene tem se tornado cada vez mais difícil, embora seja elas recomendadas expressamente no site da Prefeitura.

Tendo em vista o momento, não se deveriam medir esforços para manter a (higiene) salubridade das pessoas, e isso passa por ações efetivas dos poderes executivo e legislativo no que concerne á higiene das pessoas – ou pelo menos a sua recomendação - embora o fornecimento de água seja uma responsabilidade da CAGEPA, cito algumas atitudes possíveis para a gestão municipal: O mapeamento das cisternas públicas existentes na zona urbana e rural, recupera-las, e abastece-las, não apenas em tempos de pandemia, mas principalmente durante ela, e na ausência do fornecimento de água por dias á fio, tal qual atravessamos.

Instalar e verdadeiramente ativar os lavabos que estão espalhados pela cidade (hoje apenas como enfeites), e que não funcionam “quase” em lugar algum, coloca-los em funcionamento principalmente aos sábados na feira-livre, que alias tem sido um desafio, e recentemente foram até retirados do local. Colocando-os no local, uma vez mais, abastece-los com água e sabão, para viabilizar a higienização das mãos das pessoas nos espaços urbanos, sobre tudo no (espaço) comercial, onde as pessoas tem maior contato com dinheiro, e produtos dispersos nas prateleiras e nos bancos comerciais espalhados na feira-livre, sendo impossível não compartilharem de espaços de aglomeração. 

A proposito na feira-livre, além de registrar a ausência dos equipamentos de higiene, observar-se ainda a falta de uso de mascaras por parte de alguns feirantes e populares, e quanto á isto se faz necessário medidas enérgicas, como a proibição da circulação de pessoas e comerciantes sem o uso do equipamento, monitoramento esse, que pode e deve ser feito pelos guardas municipais, que dispersos na feira, ajudariam no controle e fiscalização no centro comercial, a pandemia não acabou, as variantes continuam surgindo Lambida, MU, Delta, entre tantas outras. A vacina embora avançada nos cartazes, não avançaram no braço da população, pois existem pessoas de variadas idades com a primeira dose ainda pendente, isso por ausência de doses na unidade de saúde local.   

Outra medida necessária é a preocupação com a população da zona rural, pois ela se desloca á cidade para fazer compras aos sábados. Essas pessoas vem de ônibus sem nenhum distanciamento, ou equipamento de higiene como as máscaras ou álcool 70% - medidas mínimas recomendadas pela OMS e Ministério da Saúde - dentro do único veiculam disponibilizado pela municipalidade. No que diz respeito aos equipamentos de proteção individual, a prefeitura tem feito a distribuição de mascaras de tecido, embora estudos comprovem o baixo nível de filtragem do ar, tornando-a de uma eficácia duvidosa (e ineficácia quase total), uma vez que surgida às novas variantes: Delta, MU, entre outras a preocupação sanitária deve ser redobrada. 

As máscaras do tipo N95 ou PFF (peça facial filtrante), segundo a OMS, foram desenhadas para proteger profissionais de saúde que estejam lidando com pacientes ou estejam em ambientes contaminados. A recomendação de uso pela população em geral, no entanto, varia de acordo com o país, o que não impede que as pessoas mais afortunadas no município as adotem, pois sabem que a sua eficácia de filtragem do ar está acima de 75% por cento. Países que compõem União Europeia estimulam o uso desse tipo de máscara por todos seus cidadãos. É importante ressaltar que para todos os tipos de máscara, é recomendado evitar tocá-la na parte externa e lavar as mãos antes e depois de colocar ou retirar a peça. Para as crianças, a OMS orienta o uso para as consideradas capazes de usá-las com o mínimo de assistência possível. 

Para serem efetivas, as máscaras precisam estar ajustadas, vedando o nariz e a boca, evitando a passagem do ar pela bochecha e filtrando as micropartículas contaminadas com o vírus que ficam suspensas pelo ar, em forma de aerossóis. O ideal é que as máscaras sejam feitas com três camadas, com um tecido de algodão, um sintético e um impermeável. Mesmo de máscara, as pessoas devem manter uma distância de pelo menos um metro e meio umas das outras. Seu uso é fundamental a todos/as. Mais ainda aos que prestam atendimento ao público como garçons, motoristas, policiais, caixas de supermercado entre outras profissões que mantem contato direto com o público.

Para ontem e para hoje, precisamos manter os cuidados, para os que aceitam de bom grado a orientação constante, para os menos responsáveis às medidas preventivas e didáticas dos órgãos públicos e de segurança (guardas municipais e Policia Militar), que devem tomar as rédeas da coisa, pois grassam pela cidade as bebedeiras e irresponsabilidades de uma parcela significativa da comunidade. Para tomar as rédeas é necessário mais que decreto, Centro de Covid-19 (um cabide), e boas palavras, são necessárias medidas eficazes e enérgicas. Vamos ao combate ao vírus, sem mediocridade, com orientação e enfrentando a nossa realidade de forma responsável, e sem medir esforços. 


Por: João Paulo Ferreira 


João Paulo Ferreira é graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Radialista/locutor por formação, concedida pelo Centro Educacional de Desenvolvimento Profissional (CEPED - Certificado sob-registro N.º 1745927316).



Nenhum comentário