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EUA e China trocam farpas no Conselho de Segurança da ONU


Representantes dos Estados Unidos e da China se desentenderam em reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nessa segunda-feira, 9. A reunião foi convocada para tratar sobre segurança marítima, em relação a problemas de várias áreas do mundo, mas acabou se estendendo em um único ponto: o Mar do Sul da China.

A região é palco de dois conflitos geopolíticos significativos. A China argumenta ter direito à soberania sobre as águas oceânicas do local, incluindo partes que, pelas leis internacionais, pertencem aos territórios de Brunei, Filipinas, Indonésia, Malásia e Vietnã. A disputa se amplia pela área ser uma das principais rotas marítimas do mundo, com milhares de navios comerciais circulando anualmente.

O outro conflito diz respeito a Taiwan. Após a guerra civil que levou ao poder o Partido Comunista Chinês, o governo anterior, do Partido Nacionalista, mudou-se para o arquipélago e decretou independência, que não é reconhecida pelo governo chinês até os dias atuais. Desde os anos 1950, o governo estadunidense oferece apoio militar e econômico a Taiwan, que se tornou um dos principais pólos tecnológicos do mundo.

Na última semana, os Estados Unidos concluíram uma negociação de armamentos de US$ 750 milhões (cerca de R$ 4 bilhões) com o governo taiwanês. A China considerou o tratado como "uma provocação", com representantes do governo afirmando que a venda representa "interferência na política interna chinesa".

Em resposta, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pontuou, na reunião do Conselho de Segurança, que conflitos na região trariam "consequências à segurança e ao comércio". O embaixador chinês na ONU, Dai Bing, disse então que a situação no Mar do Sul da China "segue estável", e que os Estados Unidos "se tornaram a maior ameaça à paz e à estabilidade" na área.


Fonte: O Povo

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