Defesa de Adelio pede avaliação psiquiátrica
A defesa de Adelio Bispo de Oliveira, preso em flagrante na quinta-feira passada, 5, pelo ataque ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), apresentou na tarde de ontem um requerimento à Justiça para que fosse feito um exame psiquiátrico, alegando que o cliente tem insanidade mental.
Os advogados citaram que Adélio revelou ter feito "uso permanente de medicamentos controlados, de tarja preta, e possui um histórico de consultas com médicos psiquiatras e neurologistas". O objetivo dos advogados é que ele seja considerado inimputável (impossibilitado de ser punido).
Mas a procuradora da República Zani Cajueiro, do Ministério Público Federal em Juiz de Fora (MG), havia afirmado na segunda-feira que Adelio demonstrou "lucidez e coesão" em seu raciocínio na audiência de custódia na sexta-feira passada, um dia após o atentado.
Segundo ela, Adelio afirmou que não gostaria que Bolsonaro fosse presidente da República porque acha que teria algum tipo de perseguição a certos grupos da sociedade.
Quando depôs, Adelio disse que não foi contratado por ninguém nem recebeu nenhum tipo de auxílio para atacar Bolsonaro.
O inquérito policial foi enviado ontem para a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora e ficará sob a responsabilidade do juiz federal Bruno Souza Savino. Ele ainda não decidiu se a tramitação do caso será sigilosa ou pública. Agora o caso passará para o procurador da República Marcelo Medina.
A defesa de Adelio pediu à Justiça para que ele seja submetido a testes psiquiátricos. O advogado Zanone Manuel de Oliveira Junior disse que vai insistir na tese de que o autor do atentado sofre de problemas mentais.
"Eu também achei ele articulado, só que algumas coisas são estranhas", afirmou. "Ele tem um histórico de problemas psiquiátricos, disse que fez isso a mando de Deus, isso não é normal", completou.
Fonte: Agência Estado
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