Candidato ao Senado pelo PT diz que erro de Dilma foi dar ministério a Temer
Quem concedeu entrevista à Rádio Campina FM, na rodada de sabatina com os candidatos ao Senado, foi o deputado federal Luiz Couto (PT). A entrevista aconteceu nesta terça-feira, 11, e fechou o ciclo com os postulantes ao Congresso Nacional.
Em sua participação, o candidato comentou sobre a substituição do nome de Lula por Fernando Hadad na sucessão presidencial, após a determinação do TSE.
– O PT precisa tomar a decisão e claro que vai ser a candidatura de Hadad com a vice Manoela do PCdoB. Vai ser uma grande chapa. Quando estamos no interior do Estado e falamos o nome de Lula as pessoas fazem uma explosão e dizem que vão votar no 13, ou seja, o povo vai votar em Hadad, por causa de Lula – afirmou.
O candidato ainda comentou sobre os escândalos que o Partido dos Trabalhadores passou nos últimos tempos. Ele disse que quem se ‘lambuzou’ deve pagar por isso.
– Da mina parte não cometi nenhuma arbitrariedade, nenhum ato de corrupção, nem de desvio e eu defendo sempre que aqueles que se lambuzaram, devem pagar por isso. O fato é de que houve erros, a nossa política de aliança teve problema. No primeiro governo de Lula com o vice Zé Alencar, não teve, mas quando entrou o MDB com Temer tudo mudou, e ele trabalhou contra o nosso governo. Aquela velha história, o homem estava agregado aqui, mas por debaixo do pano agia de outra forma. O erro de Dilma foi colocá-lo para ser Ministro que ia tratar das relações políticas. Ficou com a faca, o queijo e a lata de doce para comer sozinho – disse.
O petista admitiu que a ex-presidente, Dilma Rousseff, teria sido ingênua e que cometeu erros, como colocar Antônio Palocci como um ‘super ministro’.
– Foram cometidos muitos erros, mas têm que aprender com eles. Se continuar a cometer é burrice. O Palocci depois procurou fazer sua defesa e hoje, infelizmente, delação passa a ser prova. Muita gente está falando coisa para se defender e ter alguma garantia de redução de pena. Pelo o que ele coloca, não conseguiu provar nenhuma coisa – contou.
Luiz Couto ainda criticou a atuação do juiz Sérgio Mouro na condução das investigações da Lava Jato. Para Couto, o magistrado seleciona os temas para as oitivas.
– As pessoas são ouvidas, mas há uma oitiva seletiva. Quando se começava a falar sobre outros partido, o Moro dizia: ‘não, quero que fale do PT, de Lula’. Ter o Moro de forma seletiva, prender as pessoas de forma preventivas aí prometeram que ia ter a redução da pena e há delação por delação – criticou.
As informações são da Rádio Campina FM.
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