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STF afasta ministro do Trabalho por envolvimento em fraudes na pasta


O ministro do Trabalho Helton Yomura foi afastado do cargo na manhã desta quinta-feira (5). Yomura é um dos alvos da terceira fase da operação Registro Espúrio, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na manhã de hoje. A operação investiga uma organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho. 

A PF (Polícia Federal) e a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediram ao STF que Yomura fosse afastado da pasta. O ministro Edson Fachin é o relator do caso na Corte e aceitou o pedido. 

Os policiais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, cumpridos em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). Os mandados foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Yomura é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), nome que havia sido indicado pelo presidente Michel Temer para assumir a pasta. Pai e filha foram alvos das primeiras fases da Registro Espúrio. Além do ministro, o deputado federal Nelton Marquezelli é um dos alvos da operação. 

Segundo a PF (Polícia Federal), as investigações da primeira e segunda fases da operação indicam a participação de servidores do Ministério do Trabalho. A polícia afirma que determinados cargos da pasta foram "preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta".

A defesa de Yomura afirma que o ministro afastado "não ter cometido nenhum ato ilícito e que suas ações correspondem a uma política de valorização dos trabalhadores e das instituições, o ministro Helton Yomura, mesmo não sabendo de que atos está sendo acusado, nega veementemente qualquer imputação de crime ou irregularidade". A defesa ressalta que Yomura sempre agiu respeitando o interesse público. 

Os advogados também dizem, em nota, que estão sendo tomadas medidas jurídicas a respeito da suspensão do ministro. "Quanto à suspensão de suas funções no Ministério do Trabalho, todas as medidas jurídicas serão tomadas para possibilitar à turma do STF se manifestar sobre tal importante tema. Neste sentido, foi em razão do entendimento do próprio ministro Edson Fachin que foram encaminhados para o plenário do Supremo casos de grande repercussão". 







Fonte: R7

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