A Naturalização da Pornografia na Mídia e o Reflexo na Sociedade: Até quando o Mercado Vai Relacionar Sexo ao Universo Infantil?
Desde
sempre o nu feminino foi usado pela indústria do entretenimento para atrair
público e dinheiro. A sexualização das “Dumb Blondies” (Loiras Burras) é uma
cultura que perdura até hoje na cultura cinematográfica americana.
Depois
tivemos cultura das “Pop Princess”, que
teve como precurssora a eterna princesinha da pop Britney Spears. A jogada de marketing era angariar todo tipo
de público. A garota era adolescente, gostosa e loira. Em uma música falava que
tinha medo de transar (I´m not a girl, not yet a woman), em outra falava que
era escrava sexual capaz de tudo o que o cara pedir (I´m slave for you). A garota falava como criança e se vestia com
umas roupas rosinhas e apertadinhas, cheias de glitter. Tivemos Britney Spears,
Christina Aguilera, Jessica Simpsom e várias outras que aproveitaram a onda do
pop princess.
O
tiro era certeiro: os marmanjos acima de quarenta babavam pelas adolescentes
vestidas de criança. Os garotos abaixo de quarenta babavam também porque elas
sempre eram gostosas. As meninas de 12 anos, que estavam entrando no mercado
consumidor, queriam ser como as pop princess: coloridas, cheias de glitter,
inocentes e com corpos maduros.
Resultado:
Milhões de CD´s vendidos, empresários felizes. A cada disco a calça de Britney
e Christina ficava mais baixa, e assim caminhava a humanidade. Em 2000 Britney
e Christina entraram em uma disputa de quem conseguia mais atenção dos
paparazzis: Christina mostrava o peito, Britney apertava os testículos do
namorado, e assim para pior...
Tudo
isso pareceu muito inocente quando uma adolescente apareceu completamente nua
em cima de uma bola de ferro, rebolando e se esfregando na corrente, e lambendo
um martelo. Depois dois cantores fazem um videoclipe com duas modelos
completamente nuas, chamado “I Known U Want It”. Semanas depois, a garota da
tal bola de ferro aparece no Grammy cantando a mesma música, esfregando o traseiro
no pênis do cantor e se masturbando com um dedo gigante, acompanhada de vários
ursinhos de pelúcia. Nós ainda temos Katy Perry, em California Girls, cheia de
docinhos, balinhas, ursinhos....Seminua e falando de sexo.
Até
quando o mercado vai relacionar sexo ao universo infantil?
O
abuso infantil é uma realidade. Há um enorme e criminoso mercado de pornografia
infantil. A maior busca do maior site pornô do Brasil é por “novinhas”. Não é
adolescente, é “novinhas”.
Outro
ponto a ser discutido é: até quando o mercado midiático vai banalizar o sexo e
a nudez? As pessoas tem o direito de tirarem suas roupas e filmarem, nada
contra. Mas, ao ver clipes de famosos, para mim parece uma competição de quem
fica mais nu. A menina da bola de ferro, esse ano, apareceu em “Midnight Sky”
coberta apenas de balinhas coloridas. Ainda tem a Cardi B, com seus manuais de
putarias (vulgo CD). E ainda o “boom” das ex prostitutas que viram rappers. É
bunda, xereca, ursinho de pelúcia, doces que eu até me perco.
Até onde essa forma de arte visual representa o artista, e não a pura satisfação do mercado bilionário da música?
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