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Bolsonaro tem as características do 'Anticristo', diz teólogo Leonardo Boff


O teólogo, escritor, filósofo e professor emérito da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Leonardo Boff, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem as "características do Anticristo".

"O país está sem direção nenhuma e é governado por alguém que tem as características do Anticristo. A Escritura, quando fala do inimigo da vida, que usa o nome do Messias para atacar, mentir, enganar seu povo, [diz que] esse é o Anticristo. Mais do que uma pessoa, é um espírito inimigo da vida, inimigo de tudo que é bom", afirmou o teólogo em entrevista ao site "Tutaméia".

Segundo Boff, que é amigo e conselheiro espiritual do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não é possível mais tolerar que se coloque mais cruzes sobre uma população tão sofrida como a brasileira. Em especial, o teólogo cita a população indígena, que, de acordo com ele, tem sido alvo de ataque do presidente.

"O maior crime que Bolsonaro fez foi negar aos indígenas água, remédios, insumos, tudo aquilo que podia salvar a vida deles, tudo isso foi negado por Bolsonaro. (...) Bolsonaro tem essa concepção, de que os índios não são bem gente", declarou.

Instituições omissas

Para Boff, as instâncias que deveriam atuar para inibir esse tipo de conduta por parte do presidente têm sido omissas. O teólogo cita como essas instâncias o Parlamento, na figura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o STF (Supremo Tribunal Federal).

"A Constituição não está aí para defender letra, ela foi feita para expressar a vida de uma nação, defender o direito e a justiça para a população, e eles não o fazem. São omissos", afirmou.

O teólogo disse ainda que, caso Bolsonaro seja julgado no Tribunal Penal Internacional, em Haia, por crimes contra a humanidade, os que foram omissos devem ir junto, porque não defenderam seu povo. "Não defenderam a vida, entregaram o país à sua própria sorte", disse.

Bolsonaro foi denunciado por coalizão que representa trabalhadores da saúde no Brasil por "crime contra a humanidade durante sua gestão frente à pandemia do coronavírus". O caso, no entanto, pode nem ser julgado e ser encerrado nas fases preliminares, de acordo com especialistas.



Fonte: Uol

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