Correios diz que paralisação parcial não afeta serviços, mas sindicato nega
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (11), a superintendência
dos Correios informou que a greve dos servidores da empresa não vai
afetar os serviços de atendimento da estatal. No entanto, o Sindicato
dos Trabalhadores da Empresa Correios e Telégrafos (Sintect-PB) negou e
comunicou o comprometimento do serviço de entrega de faturas,
encomendas, boletos, documentos, entre outros, na Paraíba.
De acordo com o posicionamento dos Correios, cerca de 80% dos
colaboradores estão trabalhando normalmente no estado. A nota ainda diz
que a empresa “já colocou em prática o Plano de Continuidade de Negócios
para minimizar os impactos à população”. Segundo a estatal, “medidas
como o deslocamento de empregados para auxiliar na operação,
remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo
adotadas”.
O Sintect classificou a nota dos Correios como “mentirosa”. “Como
cerca de 80% de servidores da Paraíba continuam se toda a categoria da
Paraíba aderiu à greve? Além desse número ser inválido. Estamos
realizando o levantamento, mas cerca de 60 a 70% dos servidores não
estão trabalhando. A nota é, no mínimo, mentirosa, que é a política que a
estatal tem adotado”.
O sindicado ainda negou que a empresa entrou em contato com os
servidores para implementar qualquer medida que amenizasse o impacto da
greve, além de dizer que a estatal não vêm dando atenção à categoria
desde julho, desmentindo outra parte da nota, que diz que “desde o
início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes
dos empregados, nos quais foi apresentada a real situação econômica da
estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis”.
Confira a nota dos Correios na íntegra
“A paralisação
parcial dos empregados dos Correios, iniciada nesta terça-feira (10)
pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de
atendimento da estatal.
A empresa já colocou
em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os
impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados para
auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de
mutirões estão sendo adotadas.
Levantamento parcial
realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo
total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. Na
Paraíba, 82,26% dos empregados estão trabalhando normalmente.
Conforme amplamente
divulgado, os Correios estão executando um plano de saneamento
financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade. Desde o
início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes
dos empregados, nos quais foi apresentada a real situação econômica da
estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis,
considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões.
As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o
faturamento anual da empresa.
Vale ressaltar que,
neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida
situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a
compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que
precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa
e os índices de eficiência dos serviços prestados à população
brasileira”.
Paralisação
Os servidores dos Correios na Paraíba decidiram entrar em greve por
tempo indeterminado desde a 0h desta quarta-feira (11). A decisão pela
greve foi antecipada em comunicadao enviado à imprensa, na tarde da
terça (10), mas foi oficializada em assembleia à noite.
Segundo a categoria, a greve ocorre por conta de diversos ataques
feitos pelos Correios aos funcionários e a não apresentação de propostas
com melhorias salariais e de trabalho.
A principal reivindicação econômica é a reposição salarial e nos
benefícios integrais no valor acumulado da inflação do período 01/08/18 a
31/07/19, medida pelo índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
A categoria pede ainda a reposição do índice sobre os salários das referências salarias integrantes das Tabelas Salariais dos Níveis médio e superior e aumento
real de salário no valor de R$ 300, linear a toda categoria.
Segundo o Sindicato Trab Empresa Correios Telégrafos (Sintect), a
proposta que a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) apresentou
rebaixaria a reposição a 0,8% de reajuste, o que corresponde a R$ 13 no
salário-base de carteiro; também estaria retirando direitos
historicamente conquistados.
Fonte: Portal Correio
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