Padrasto nega ter espancado criança e culpa ‘amante’ de 17 anos
O padrasto de um menino de dois anos, internado após, supostamente, ter sido espancado,
negou que tenha batido na criança e acusou a mãe dele de o fazer. A mãe
do garoto é uma adolescente de 17 anos e seria “amante” do suspeito,
como ele mesmo disse à TV Correio nesta quinta (22). O caso ocorreu em Rio Tinto, no Litoral Norte da Paraíba.
O
homem se apresentou à polícia na manhã desta quinta-feira (22), em Rio
Tinto, onde prestou depoimento ao delegado Deusdete Leitão e negou que
tivesse maltratado a criança.
O menino está internado no Hospital
de Trauma de João Pessoa, onde se recupera de ferimentos que a mãe teria
dito que foram provenientes de picadas de abelha e reações alérgicas.
Na
manhã desta quinta, o menino foi submetido ao exame de corpo de delito,
feito por um médico perito do Instituto de Perícia Científica (IPC). O
laudo deve ficar pronto ainda nesta quinta-feira (22).
O delegado Deusdete Leitão disse à TV Correio
que se for comprovada a agressão contra a criança, o homem será preso
por crime de maus-tratos e poderá cumprir pena de 1 a 4 anos em regime
fechado. Já a mãe, que é uma adolescente, poderá cumprir medidas
socioeducativas.
Conforme o Conselho Tutelar, após ter alta, a
criança ficará sob a guarda de algum responsável que será designado pela
Justiça, dependendo do resultado das investigações.
O caso
Um
menino de dois anos foi internado no Hospital de Emergência e Trauma
Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, nessa terça-feira (20) após
supostamente ser espancado. A mãe da criança, uma jovem de 17 anos, e o
companheiro dela são suspeitos no caso, que ocorreu em Rio Tinto,
Litoral Norte da Paraíba, a 52 km da Capital.
Segundo
a Polícia Militar, a criança foi socorrida para a Capital por uma avó.
Primeiro, o menino foi atendido no Hospital Municipal situado no bairro
Valentina Figueiredo, na Zona Sul da cidade, mas logo se constatou a
necessidade de transferência para uma unidade mais avançada.
Conforme
boletim divulgado pelo Hospital de Emergência e Trauma, o menino passou
por procedimentos médicos e segue em observação, em quadro clínico
estável.
A mãe da criança, acompanhada por representantes do
Conselho Tutelar de Rio Tinto, foi conduzida à Delegacia de Polícia
Civil da cidade vizinha de Mamanguape, onde prestou depoimento. De
acordo com o delegado Thiago Cavalcanti, ela negou as agressões e
atribuiu o caso a um suposto quadro de doença.
“Ela disse que a
criança há alguns dias vinha apresentando quadro febril e ânsia de
vômito. Ela informou que até chegou a levar o garoto a um posto de saúde
em Rio Tinto”, contou o delegado.
As suspeitas sobre a mãe ainda
não puderam ser afastadas, mas ela foi liberada da delegacia. Conforme
Cavalcanti, a partir de informações do Conselho Tutelar, foi levantada a
hipótese de que as agressões teriam sido cometidas pelo companheiro da
jovem, que fugiu e não foi localizado até a publicação desta matéria.
Além
do Conselho Tutelar, o caso está sendo investigado pelo delegado
Deusdete Leitão, da Delegacia de Polícia Civil de Rio Tinto. Em contato
com o Portal Correio, ele informou que instaurou um inquérito sobre o caso e que a polícia já iniciou buscas ao suspeito.
“Para
tentar elucidar o caso, procuraremos colher depoimento do companheiro
da mãe da criança, assim como de outros familiares, e faremos uma
análise do exame de corpo de delito do garoto”, detalhou Deusdete.
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