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CANTORA, COMPOSITORA E ESCRITORA MAGNOLIA CALEGÁRIO LANÇA VÍDEO EM HOMENAGEM À BANDA METALLICA ONDE ASSINA CO-DIREÇÃO, ROTEIRO E PÓS-PRODUÇÃO.


Vídeo surgiu de um compilado de desenhos feito pela cantora e experiências feitas com uma câmera de celular.

De onde veio a ideia de fazer um vídeo em homenagem ao Metallica?

Há tempo eu queria fazer um vídeo com determinadas características. E óbvio que tinha que ser algo conceitual, criativo, e não comercial. Então apostei no elemento da releitura do clássico. 

Como foi se ver atuando em um vídeo?

Não deu pra fazer muita coisa, porque o vídeo trazia dois elementos estéticos essenciais para ser criativo: a mão com as palavras sendo escritas e o rosto cortado ao meio. Logo só metade das expressões e várias vezes o foco foi para a mão. Quando eu tava deitada deu para improvisar um pouco. Eu até fiz teatro na minha cidade natal, e foi uma das experiências mais incríveis da minha vida, mas não levei adiante por questões pessoais e hoje não tenho tempo para me dedicar, ler um bom texto de teatro, ou até fazer teste para alguma academia de Artes. Tenho até um videobook no YouTube, que é um vídeo que os atores fazem para as mídias sociais afim de divulgarem seus trabalhos. Foi feito com uma câmera de celular velho, onde eu seguro o celular com uma das mãos e recito a última carta de Olga Benário antes de ir para a câmara de gás. Tinha tudo para ser ridículo, porque era um baita texto dramático com uma produção ridícula, mas antes de postar mostrei para alguns amigos e eles acharam legal, então postei. Mas ainda tenho muito o que desenvolver e estudar nessa parte. 

O que você acha da relação do Cinema e Música?

A Música é muito mais poderosa do que o Cinema, com certeza. Uma Música, se for boa, “acaba” com você em três minutos. Um filme, você fica duas horas sentado e muitas das vezes sai reclamando. Fora que sem Música não existe Cinema. A não ser algo muito alternativo, mas aí é outro bagulho. Além de que existe música que salva videoclipe, mas não existe videoclipe que salva música. 

Como é a sua relação com o Cinema e a Música?

Essa coisa do vídeo, da estética, das cores, do movimento sempre esteve comigo. As capas dos CD´s sempre são releituras pós modernas de pinturas clássicas e todo o CD tem um conceito bem firmado na Literatura e Teatro.  Eu desenhei a infância toda, depois fiz Pintura óleo sobre tela, e hoje também faço quadro com comprimidos (sim, remédios) fora da validade. Então estética e música se complementam bem quando eu preciso me comunicar artisticamente.  

Como foi o processo de criação, produção, roteiro e gravação do vídeo?

Primeiro eu fiz o roteiro. Fiz tudo através de desenho, o que deu muito mais trabalho. Mas o bom é que você consegue detalhar exatamente o que quer passar. Embaixo de cada desenho, pus a respectiva frase de “Nothing Else Matters” que pertencia àquela imagem. 

Depois fui testando as tomadas com a câmera de celular, e editando em programas caseiros de computador, para ver se ficava bonito fora do papel. 

Como não possuo câmera profissional, eu certamente teria que procurar ajuda. E mesmo se tivesse grana pra comprar, eu ia demorar para aprender a mexer e tal. Então procurei um amigo meu que tinha acabado de montar uma empresa. Ele sabia filmar muito bem, e usava programas bem mais avançados. 

Foi muita sorte. Esse negócio de estar no momento certo, na hora certa. Hoje esse cara, o Dedrinkson Adame tem uma empresa super conceituada. Ele tinha muito talento e isso obviamente reflete no patrimônio dele hoje. Hoje talvez esse vídeo custaria uma fortuna. 

Eu vim com o vídeo pronto, e com aquele papo de “queria que começasse assim, no meio ficasse assim, no minuto tal do vídeo ficasse assim”. Tinha tudo para ser um dia terrível para aquele homem. Mas a gente conseguiu conversar, trocar ideia e se empolgar junto com o que estávamos fazendo. Ele sabia muito de tecnologia e eu sabia muito de arte e música, então foi o casamento perfeito para nascer o vídeo Tributo ao Metallica. 

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