Suposto esquema de locação irregular de veículos em Duas Estradas envolveria ex-prefeito
Um suposto esquema de locação irregular de veículos entre os
ano de 2013 e 2016 na cidade de Duas Estradas foi denunciado pela população ao
Ministério Público Federal. Segundo moradores da cidade, veículos eram alugados
para cumprir funções para as quais não eram adequados, outros nem existiam e
outros, ainda, eram de supostos laranjas de parentes do então prefeito da
cidade, Edson Gomes.
De acordo com a denúncia, por exemplo, um veículo Fiat Uno de
1995 estava sendo usado para o transporte de materiais de construção como areia
e pedras para obras de calçamento na cidade.
Outro veículo, ainda, era alugado como se fosse um Ford
Fiesta, e, no entanto, tratava-se de um caminhão Volkswagen 13.190.
Em, alguns casos, veículos que eram locados pela prefeitura
nem sequer existiam no cadastro de veículos do Detran da Paraíba. Outros,
ainda, apesar de estarem registrados no nome de uma pessoa junto ao Detran,
eram alugados no nome de outras pessoas pela prefeitura. Neste esquema estariam
envolvidos o ex-prefeito, Edson Gomes, que seria o cabeça, o cunhado dele, João
Batista Bernardo, Severino Bernardo, irmão de João Batista, e várias pessoas
que serviriam de laranjas para a locação dos veículos.
Só em 2014 a gestão da cidade que, segundo o IBGE, conta com
3600 habitantes, alugou 52 veículos para a prestação de diversos serviços.
Desde carros populares, como Uno ou Siena sendo usados para o transporte de
estudantes para as escolas nas zonas rurais da cidade, sendo que o município
conta com vários ônibus que realizam este transporte e levando em conta que
carros de passeio não são apropriados para prestar este tipo de serviço, até
caminhões, que eram, na verdade, carros mais simples. Muitos destes veículos
não existiam, ou não eram usados para as finalidades que deveriam, ou não eram registrados
em nenhum lugar, tendo documentos frios ou trocados para que a prefeitura
pagasse por um serviço que não era prestado.
O Ministério Público Federal recebeu a denúncia, mas
verificou que não havia atribuição do órgão neste caso e em 23 de março
repassou o documento para a Promotoria de Justiça da Comarca de Pirpirituba,
que investiga.
Fonte: Click PB
Nenhum comentário