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Dia mortal para jornalistas afegãos, com 10 mortos em dois ataques


Cabul – Dez jornalistas foram mortos no Afeganistão nesta segunda-feira, incluindo nove repórteres e fotógrafos que morreram em um atentado suicida com bombas na capital Cabul e um jornalista que trabalhava para o serviço em língua afegã da BBC que foi morto a tiros na cidade de Khost.

Foi o dia mais mortal para a mídia do país desde que uma campanha liderada pelos Estados Unidos derrubou o regime islâmico Taliban em 2001.

Em Cabul, jornalistas cobrindo uma explosão de bomba durante a hora do rush da manhã estavam em um grupo perto do local da explosão quando um homem-bomba se explodiu, matando sete pessoas e ferindo várias, duas das quais morreram mais tarde.

O suicida parece ter tido deliberadamente como alvo os jornalistas, apresentando um cartão de imprensa para a polícia antes de se juntar ao grupo que estava perto do local da explosão, disse o porta-voz do Ministério do Interior Najib Danesh.

Ao todo, 26 pessoas morreram nas duas explosões de Cabul, que foram reivindicadas pelo Estado Islâmico.

Entre os mortos estavam Shah Marai, veterano e chefe de fotografia da agência France-Presse no Afeganistão, que trabalhava para a agência há 22 anos. Também foi morto Maharam Durani, uma jovem produtora que havia se juntado à Radio Azadi, uma estação local, apenas uma semana antes.

O fotógrafo da Reuters Omar Sobhani, um velho amigo e colega de Shah Marai, estava ao lado dele quando a bomba explodiu.

“Estávamos parados em uma pequena elevação para ter um melhor campo de visão para a foto quando ouvi um estrondo e o vi no chão. Fiquei chocado, não pude acreditar”, disse Sobhani, que sofreu ferimentos leves.

Em Khost, Ahmad Shah, que trabalhava para o serviço de idioma pashto da BBC e também para a Reuters, foi morto na periferia da cidade, de acordo com Talib Mangal, porta-voz do governador da província de Khost. A BBC confirmou a morte em um comunicado no Twitter.

Não há indicação de qualquer ligação direta entre os ataques em Kabul e Khost.















Por: James Mackenzie
Fonte: Reuters



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