Empreendedores se reinventam em espaços de coworking na Paraíba
O
desaquecimento da economia nos últimos anos proporcionou uma mudança drástica
na vida de milhares de empreendedores, que precisaram recriar as alternativas
para se manter no mercado ou abrir sua empresa.
Nesse
contexto, uma das soluções que vem ganhando força são os espaços de coworking:
ambientes coletivos para trabalho de vários profissionais, que dividem não
apenas a infraestrutura do local, mas também os serviços.
Na Paraíba,
conforme o Censo Coworking Brasil, até fevereiro do ano passado, havia sete
escritórios desse tipo.
Já em 2018,
o Sebrae estima que a quantidade de espaços de coworking no Estado passe dos
19, um crescimento de 171%.
A tendência
é nacional, de 2016 para 2017, o número de ambientes compartilhados mais que
dobrou no país: passou de 378 para 810, um aumento de 114%.
Dentre os
benefícios que os espaços de coworking proporcionam estão a redução de custos,
o tipo de vínculo – baseado em uma assinatura -, os serviços, equipamentos,
além de inovação, flexibilidade e networking.
“Para o
empreendedor, o coworking é um modelo que veio para ficar”, comenta Daniel
Pessoa, um dos proprietários de um coworking que já tem unidades em Campina
Grande e João Pessoa.
Foi a ideia
de diminuir os custos e ainda poder compartilhar espaços, experiências e
informações com outras pessoas que motivaram o gaúcho André Fabiano da Silva,
43 anos, formado na área da indústria de calçados, a trabalhar em um espaço de
coworking na cidade de João Pessoa.
“Ao decidir
vir morar na Paraíba, em 2011, eu montei um home office, onde eu tinha uma
estrutura muito boa, mas não tinha networking. Então entrei no Startpb, do
Sebrae, e foi quando eu comecei a conhecer, na prática, os coworkings. Hoje eu
não me vejo trabalhando em outro local, assim como acredito que outras
empresas, pequenas e até grandes, no sentido de faturamento, podem dividir esse
ambiente”, comentou.
Na avaliação
do analista do Sebrae Paraíba, Thiago Jatobá, a economia pouco aquecida
contribuiu com esse cenário.
“Compartilhar
é sempre uma estratégia interessante. Você consegue otimizar recursos
importantes, reduzir custo fixo e investimento. E é justamente essa
oportunidade, associada a uma estrutura de conveniência, que faz com que o
serviço ganhe espaço no mercado”, explicou.
Segundo o
analista, o coworking está inserido na chamada economia criativa.
“Falar de
coworking passa, necessariamente, por princípios como compartilhamento,
cooperação e networking, além de agregar diversas competências – pelo fato de
concentrar empresas de diferentes segmentos – é um ambiente propício à economia
criativa e pode ser visto como um ativo para esse ramo”, diz.
Para quem
pensa em trabalhar em um coworking, o analista pondera que o profissional
precisa ter uma mente aberta, além de um comportamento empreendedor, e
acrescenta que o SebraeLab, localizado na agência regional do Sebrae, em
Campina Grande, que é um mindset com o desafio de estimular uma nova cultura
empreendedora, pode ser um ambiente propício para a experimentação desse tipo
de iniciativa.
“O Lab não é
um coworking, difere desse tipo de ambiente por não fornecer endereço fiscal,
dentre outras coisas. No entanto, tem alguns conceitos em comum, essa pegada
colaborativa, o networking”, explica Thiago Jatobá.
O ambiente é
voltado para qualquer pessoa que busque inovar ou empreender em novos modelos
de negócios.
Basta entrar
em contato através do 2101-0150 ou através do endereço eletrônico: sebraelab@sebraepb.com.br
Fonte: Ascom
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