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Temer convoca reunião com parlamentares para rearrumar a base


BRASÍLIA — Com o lançamento da pré-candidatura à Presidência do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a possibilidade de que outros integrantes da base do governo também se lancem na disputa, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o presidente Michel Temer quer "dar um freio de arrumação" na atuação dos aliados no Congresso. Com este objetivo, Temer convocou uma reunião para esta segunda-feira com a presença de parlamentares da base.

A avaliação dentro do Palácio do Planalto é que os vice-líderes, em especial, não têm defendido o governo e tampouco o presidente nos debates em plenário, por exemplo. O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), disse que é preciso colocar "ordem na casa", ou seja, definir quem está ou não ainda afinado com o governo em cenário pré-eleitoral. A tropa de choque de defesa de Temer tem sido o próprio ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), e o vice-líder Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Além disso, há a preocupação em afinar a atuação diante do cenário eleitoral, com cada partido da base decidindo que rumo tomar. Maia já lançou sua pré-candidatura pelo DEM, enquanto Meirelles ainda discute o futuro. Neste sábado, o ministro da Fazenda se reuniu com Temer no Palácio do Jaburu. Assessores de Meirelles disseram que ele havia retornado de viagem ao exterior e que por isso foi ao encontro de Temer, que neste domingo esteve no Chile.

O governo já perdeu tempo, por exemplo, na discussão sobre a privatização da Eletrobras. No caso da reforma da Previdência, por exemplo, o governo viu vários vice-líderes criticando a proposta. Um deles foi o deputado Rogério Rosso (PSD-DF).

Na semana passada, o governo foi derrotado na estratégia de instalar a comissão especial que debaterá o projeto sobre a Eletrobras na Câmara.A oposição conseguiu evitar na terça-feira a instalação da comissão especial que discutirá o projeto de privatização da estatal. Com a experiência de ex-presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), apontou um erro formal na formação da comissão, e a instalação foi suspensa. O governo e Rodrigo Maia elegeram a venda da companhia como principal pauta econômica depois do fracasso da discussão da reforma da Previdência.












Por Cristiane Jungblu     

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