PT pressiona STF por decisão que afetará caso de Lula
O PT deve reforçar as cobranças para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida com urgência sobre prisão após a segunda instância na tentativa de evitar a detenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do UOL.
"Ninguém, seja Lula ou qualquer outro cidadão brasileiro, pode ser privado da liberdade antes do trânsito em julgado na última instância", afirmaram lideranças do PT em nota divulgada nesta terça (6), após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar habeas corpus preventivo do petista.
Formalmente, o partido defende que o a decisão do STF ocorra para "restabelecer plenamente" o princípio da presunção de inocência enquanto uma condenação não passar por todas as instâncias da Justiça. Representantes do partido vem tentando marcar audiências com ministros da Corte para discutir a questão.
Uma fonte do partido chegou a admitir que o PT "corre contra o tempo" para evitar a prisão de Lula. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou o ex-presidente em segunda instância, pode julgar o último recurso à disposição do ex-presidente a qualquer momento.
A presidente do STF, Cármen Lúcia, já afirmou em declarações nas últimas semanas que usar o caso de Lula para alterar a decisão sobre o tema iria "apequenar" a Corte.
STJ nega habeas corpus preventivo por unanimidade e decide que Lula pode ser preso após 2ª instância
Por unanimidade (5 votos a zero), a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou em julgamento nesta terça-feira (6) a concessão de um habeas corpus preventivo pedido pela defesa para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O objetivo do julgamento foi decidir se o petista pode começar a cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região depois de esgotados os recursos ao próprio TRF-4.
Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP). Após proferir a sentença condenatória, os desembargadores do TRF-4 determinaram a prisão logo após a conclusão da tramitação, no próprio tribunal, dos recursos da defesa. A decisão tem por base entendimento do STF , de outubro de 2016, segundo a qual a pena pode começar a ser cumprida após condenação em segunda instância da Justiça (caso do TRF). O habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula tem por objetivo evitar essa prisão.
RESUMO
O que pediu a defesa ao STJ: a concessão de um habeas corpus preventivo para impedir que Lula seja preso depois de julgado o último recurso no TRF-4, que condenou o ex-presidente a 12 anos e 1 mês de prisão
O que argumenta a acusação: para o Ministério Público, o entendimento em vigor do Supremo Tribunal Federal (STF) estabelece que é possível a prisão após condenação em segunda instância (caso do TRF-4)
O que decidiram os ministros do STJ: eles negaram a concessão do habeas corpus preventivo porque entenderam, com base em decisão do Supremo de outubro de 2016, que não há ilegalidade na prisão após condenação em segunda instância.
Fonte: Notícias ao Minuto/G1
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