João faz mistério sobre chapa, mas abre portas para união com Cartaxo
O secretário de Estado dos Recursos Hídricos e pré-candidato
do PSB ao Governo, João Azevêdo, afirmou que o partido ainda não iniciou
tratativas com o prefeito Luciano Cartaxo com o objetivo de formar uma possível
aliança para as eleições de outubro. Durante entrevista ao jornalista Heron
Cid, no Frente a Frente desta segunda-feira (12), Azevêdo abriu as portas para
uma possível aliança com o gestor da Capital.
A união, no entanto, é condicionada ao apoio do prefeito ao
projeto do PSB. “Poderemos sentar e discutir, com base em projetos e propostas,
essa participação, mas os contatos não estão acontecendo neste momento”,
afirmou. Ele avaliou que ainda é cedo para discutir a formação de alianças e
considerou que a decisão de Cartaxo, em não disputar as eleições, foi pessoal e
não partidária.
Na entrevista João Azevêdo afirmou que a estratégia do
partido é formar uma chapa com nomes de João Pessoa e Campina Grande. Um dos
cotados para representar a Rainha da Borborema é o deputado federal Veneziano
Vital. “Na montagem da chapa as pessoas precisam agregar e ter perfil para
colaborar com a continuidade do projeto”, afirmou. Apesar de fazer mistério
sobre nomes que são levados em consideração, Azevêdo revelou que conversas
nesse sentido ocorreram com várias pessoas. “Vamos discutir chapa mais para
frente”, disse.
Sobre a participação de Lígia Feliciano na chapa majoritária,
Azevêdo ressaltou a contribuição da vice-governadora para com o projeto do PSB
e afirmou não ver problemas em sua participação na chapa. Já em relação a
possibilidade de ter seu nome retirado da disputa, o secretário ressaltou que
não há qualquer chance de ocorrer o mesmo que nas eleições de 2016, quando foi
substituído por Cida Ramos na disputa. “2018 é outro cenário”, avaliou.
Governo x MPF
O uso das águas do rio São Francisco é tema frequente de
embate entre o Ministério Público Federal (MPF) e o Governo do Estado. No mais
recente caso, o órgão fiscalizador recomendou a suspensão do bombeamento da
água do Eixo Leste para realização de
obras nos açudes de Poções e Camalaú. Também neste caso, o Governo discorda do
posicionamento, que será discutido durante reunião nesta sexta-feira (16).
“Entendemos que não é necessário. Estamos no período de
chuva, o que dificultaria o trabalho independente do bombeamento”, disse João
Azevêdo, ressaltando que julho é uma data razoável para que fossem realizadas
as obras nos dois açudes. “Mesmo em julho não há necessidade de redução do
bombeamento”, avaliou.
O secretário relembrou a queda de braço travada com o MPF
para suspensão do sistema de racionamento em Campina Grande e região. O órgão
se posicionou contra a decisão do Governo. “Nós tínhamos dados e informações
que garantiam segurança necessária para finalizar o racionamento”, afirmou.
Segurança hídrica em todos os municípios
As águas do rio São Francisco devem entrar na Paraíba pelo
Eixo Norte da Transposição somente no mês de julho, conforme previsão de
Azevêdo. Problemas com execução da obras afetaram o prazo inicial estabelecido
pelo Ministério da Integração, que era março deste ano.
Azevêdo explicou que o Eixo Norte da Transposição tem três
segmentos: o primeiro e o terceiro, que entra na Paraíba, estão praticamente
concluídos. Mas o segundo, ainda no estado de Pernambuco, estava sendo
executado por uma empresa, que entregou o contrato. A partir da entrega foi
necessária uma nova licitação, o que causou atraso de quase um ano. A nova
empresa, porém, não conseguiu executar a obra no ritmo planejado.
De acordo com o secretário, a partir da conclusão do Eixo
Norte a Paraíba será o estado do Nordeste melhor beneficiado com a
Transposição. “Se a Paraíba continuar investindo em recursos hídricos, nos
próximos três anos terá a tão sonhada segurança hídrica em todos os
municípios”, assegurou o secretário.
Fonte: MaisPB
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