Coluna do Gutemberg Leite: Iniciante em Jornalismo
Na redação do jornal O NORTE eu passava.
Eu não era estudante de jornalismo, mas fiz estágio no
jornal. Não era formado, mas também não era um labrusco (inculto).
Quando passei a ser estudante de jornalismo não fiz estágio
em lugar algum. Coisas da vida! Linhas da vida a trilhar!
Após o expediente noturno quando eu dava minha contribuição
para a edição do jornal, nas madrugada me dirigia para a redação. Lá eu me
sentava e em "birô" com uma máquina datilográfica à frente eu escrevia...
Eram mais de quarenta máquinas datilográficas na redação. Não tinham os
Notbooks, tablets, celulares de hoje com as redes sociais.
Na imensa redação vazia (de jornalistas) eu datilografava
como se fosse jornalista...
Hoje como jornalista não datilografo mais, mas digito textos.
Da datilografia à digitação.
Avanços tecnológicos que mudaram a imprensa!
Na imensa redação vazia (de jornalistas), mas com muitas
máquinas, cadeiras e birôs eu me via só e com muitas ideias "no
quengo".
Ao colocar o papel na máquina o cérebro começava a funcionar
e, como um trem, oa ganhando velocidade. Ali eu praticava jornalismo dentro da
redação do maior jornal do estado. Era um funcionário da gráfica com sede de
ser jornalista. E me sentia como tal.
O vigilante da empresa Nordeste chegava a sua ronda costumeira
e dizia: “O que está fazendo aqui?" Eu respondia: Uma nota para a edição
de amanhã. “Quando sair apague as luzes", recomendava ele.
Quando eu saia apagava as luzes, mas sempre ficava acesa a
ideia e esperança de, um dia, ser o que a redação me inspirava ser: Jornalista!
Demorou a ideia ser concretizada, mas, enfim, chegou.
Hoje, como jornalista sinto a falta do jornal que fez
história na imprensa da Paraíba e que de forma letal foi
"assassinado".
O NORTE fechou suas portas.
As luzes da redação, do parque gráfico, da impressão, também
se apagaram...
Não se apagaram, no entanto, a boa lembrança de quem
trabalhou no gigante da imprensa paraibana.
Hoje nos causa tristezas passar pela Av. Dom Pedro II, em
João Pessoa, e vê o prédio onde funcionou o JORNAL O NORTE todo sujo,
abandonado, mato crescido e a história do veículo de comunicação em ruínas...
Para nos alegrar... O nosso chefe de Oficinas, velho Lorival
dizia: “Eu queria ser um bode com os olhos daquele tamanho; só pra vê aquelas
moças no rio tomando banho".
Ninguém ficava sem rir...
E hoje todos choram com a morte de Lorival e do próprio
jornal O NORTE!...
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