OAB e APAM pedem que advogados não participem de licitações por pregão ou tomada de preço
A Ordem dos
Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB) e a Associação Paraibana da
Advocacia Municipalista (APAM) orientam os juristas para que se abstenham de
participar de processos de licitação para a contratação de advogados que não
seja na modalidade inexigibilidade. As entidades informam que aqueles que
participarem podem infringir o Código de Ética e as súmulas n.º 04 e 05/2012 do
Conselho Federal da OAB que proíbe a mercantilização do serviço.
A OAB-PB e a
APAM tomaram conhecimento que a Câmara Municipal de Cacimba e a Prefeitura
Municipal de Conceição, no estado da Paraíba, abriram licitação para a
contratação de advogados. Segundo elas, essa modalidade é contrária a
legalidade e é importante que a categoria se una contra essa prática, impedindo
que as gestões municipais realizem procedimentos licitatórios em modalidades
como pregões e tomadas de preços. “O advogado desempenha um trabalho singular,
onde a sua criação intelectual retira do administrador público a necessidade de
promover o certame licitatório para, através do menor preço, escolher qual
seria a melhor opção para a administração pública contratar”, destacou o
presidente da APAM, Marco Villar.
De acordo
com o presidente da OAB-PB, Paulo Maia, a forma mais adequada para a
contratação de serviços advocatícios é aquela prevista na Lei 8.666/93, onde o
profissional escolhido deverá possuir reputação ilibada e notável saber
jurídico. Ele lembrou que o Superior Tribunal de Justiça considerou válida a
contratação de escritório de advocacia sem licitação ante a natureza
intelectual e singular dos serviços e decidiu que a moderação nos honorários e
a relação de confiança entre o contratante e contratado são elementos que
legitimam a dispensa de licitação para a contratação de profissionais de
direito.
“A
singularidade dos serviços prestados pelo advogado consiste em seus
conhecimentos individuais, estando ligada à sua capacitação profissional,
sendo, desta forma, inviável escolher o melhor profissional, para prestar
serviço de natureza intelectual, por meio de licitação, pois tal mensuração não
se funda em critérios objetivos (como o menor preço)”, diz o acórdão do Recurso
Especial 1192332, julgado pelo STJ.
A Ordem dos
Advogados do Brasil, através de seu Código de Ética e Disciplina, impede o
profissional do direito de celebrar contratos para a prestação de serviços
jurídicos com redução de valores estabelecidos na Tabela de Honorários. O
advogado não pode propor o valor de seus honorários, nem fixá-los de forma
irrisória. Daí se concluir o impedimento para oferta de propostas variadas.
Existem
ainda as Súmulas n.º 04 e 05/2012 da OAB manifestando-se favoravelmente a este
tipo de contratação por inexigibilidade e ainda impede de considerar o advogado
passível de responsabilização cível ou criminal caso o faça. O argumento é de
que é inexigível procedimento licitatório para contratação de serviços
advocatícios, em função da singularidade da atividade, a notória especialização
e a inviabilização objetiva de competição.
OAB-PB
realizará Colégio de Presidentes de Subseções em Bananeiras nesta sexta
A Ordem dos
Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), realizará, nesta sexta-feira
(16) e sábado (17), o Quarto Colégio de Presidentes de Subseções da atual
administração da OAB-PB. O evento acontecerá no Serra Golfe Hotel, na cidade de
Bananeiras, Brejo paraibano.
A OAB-PB é
composta por oito Subseções: Guarabira, Patos, Campina Grande, Catolé do Rocha,
Sousa, Pombal, Cajazeiras e Vale do Piancó. Todos os presidentes das Subseções
já confirmaram presença no evento, que será comandado pelo presidente da
OAB-PB, Paulo Maia.
Paulo Maia
explica que o Colégio tem como objetivo principal discutir projetos e traçar os
rumos da gestão da OAB no ano de 2018, ouvindo todos os representantes da
classe e as necessidades de cada Subseção. “Também iremos discutir assuntos de
interesse da sociedade”, frisou.
O último
colégio de presidente foi realizado em outubro de 2017, quando diversos temas foram debatidos buscando
oferecer benefícios em favor da sociedade e da advocacia, merecendo destaque
que as cobranças da OAB-PB ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) contra a má
distribuição dos juízes estaduais pela LOJE (Lei de Organização do Judiciário Estadual),
que acarreta a ausência de juízes nas Comarcas interioranas.
Paulo Maia
destaca que na pauta do Quarto Colégio estão temas como: inexigibilidade de
licitação para contratação de advogados por prefeituras; indeferimento de
gratuidade judicial; e ausência de juízes em várias comarcas paraibanas.
O presidente
da Subseção de Guarabira Drº Antônio Teotônio, falou da importância desse
evento. E que dará todo apoio.
Fonte: Assessorias
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