Cássio e Pedro Cunha Lima devem dar apoio a Reforma da Previdência
Cobrado pelo
Planalto e por setores do mercado financeiro, o governador de São Paulo e
presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, confirmou ontem que o partido fechará
questão a favor da reforma da Previdência. Após reunião da Executiva Nacional
da legenda, a primeira sob o comando de Alckmin, o tucano confirmou que, a
partir de agora, se acelerou o processo de convencimento dos parlamentares da
bancada. “Estamos otimistas com os resultados e achamos que há brechas para
avanços. O número de deputados favoráveis ao projeto aumentou”, disse ele.
Sendo assim o senador Cássio Cunha Lima e seu filho o deputado federal Pedro
Cunha Lima, ambos do PSDB paraibano estão obrigados a votar favoravelmente a
reforma.
Alckmin
defendeu a reforma da Previdência e declarou que ela não é um projeto do
governo Temer, mas, sim, algo bom para o país. Segundo ele, a partir do novo
texto apresentado ontem, cada líder da bancada intensificará as conversas com
os demais integrantes do partido na busca do convencimento.
O governador
paulista lembrou que, em 2011, promoveu uma reforma da Previdência para
equilibrar o caixa estadual. “Assumimos o mandato já com uma proposta
encaminhada à Assembleia Legislativa. Criamos o Fundo de Previdência
Complementar e os novos servidores que entraram a partir de 2011 se aposentam
pelo teto do INSS”, reforçou o governador.
Durante a
reunião da Executiva, o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o prefeito de
Manaus, Arthur Virgílio — adversário de Alckmin nas prévias —, defenderam, além
do fechamento de questão, a punição aos parlamentares infiéis. O amazonense foi
ainda mais enfático. “Se você fecha questão, mas não pune quem foi infiel, você
está abrindo questão e não fechando questão. Temos que votar. A reforma da
Previdência é cláusula pétrea para a gente. Ela é prima-irmã do PSDB”,
defendeu, dando um recado para o senador Cássio Cunha Lima e seu filho o
deputado federal Pedro Cunha Lima, ambos do PSDB paraibano que estão obrigados
a votar favoravelmente a reforma, com pena de punição caso descumpram.
Prévias
Embora tenha
prometido pensar no assunto, Alckmin tende a não endossar a tese da punição. A
avaliação de alguns tucanos é de que isso é um discurso fácil para quem não
precisará votar a Previdência, expondo-se ao descontentamento de eleitores.
Outro alerta feito na reunião — e que será levado ao Planalto — é evitar
qualquer sinalização de liberação de emendas ou oferta de cargos. “Isso só vai
atrapalhar o debate e afastar aqueles que resolveram aprovar a matéria por uma
questão ideológica”, disse um tucano.
Alckmin
confirmou para 4 de março a realização das prévias do PSDB para expor os
candidatos à Presidência da República. Ele e Virgílio tentaram ontem definir as
regras da disputa. No entanto, o prefeito amazonense pediu um prazo para
analisar as propostas, já que defende pelo menos cinco debates e não apenas um,
como foi proposto. A resposta será dada hoje.
Virgílio
considera que só o fato de o partido realizar prévias é uma conquista e afirma
que não abre mão de duas coisas: que o voto seja universal, ou seja, tenha o
mesmo peso para todos os filiados e que ocorram, no mínimo, três debates. “Se
vai muita gente votar ou não, isso não é um problema. Temos que pensar que isso
é um marco. Estamos fazendo história. O partido, pela primeira vez, está tendo
a oportunidade de ouvir a militância, de levar a sério a militância”, defendeu.
Fonte: PB
Agora
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