Formação médica deve mudar após a pandemia
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
A pandemia do novo coronavírus evidenciou uma polêmica em torno da prescrição, por muitos médicos, de drogas sem eficácia comprovada. A discussão deve resultar em algumas mudanças nos cursos de Medicina. A ideia é reforçar, nos futuros profissionais, a importância de se valer o conhecimento científico na hora de estabelecer tratamentos.
Apesar de parecer uma relação óbvia, a Medicina e a ciência nem sempre andam juntas. O contraste entre os inúmeros estudos científicos mostrando que a hidroxicloroquina não traz melhora para casos graves nem leves de Covid-19 e a recomendação recorrente do remédio por alguns médicos tornou isso evidente.
Há um fator de pressão política e também dos próprios pacientes, mas também há muitos médicos que prescrevem com convicção, como alguns deixam claro em vídeos que se tornaram populares na internet e em sites que dizem falsamente haver um tratamento para a doença.
No Brasil e no mundo, entidades de classes e especialistas em educação médica começam a discutir aprimoramentos que talvez sejam necessários para deixar os futuros médicos mais adaptados para lidar com esse tipo de desafio.
Além de aumentar o foco no conhecimento científico, a pandemia deve promover outras mudanças no ensino de Medicina. A mais prática delas pode ser a adoção de modelos híbridos de ensino, com uma parte do curso à distância.
Fonte: Correio Braziliense
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