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"Nem era reunião ministerial aquilo, parecia reunião de botequim", afirma Marco Antonio Villa


Após determinação do ministro do STF Celso de Mello, o vídeo da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e seus ministros foi divulgado na última sexta-feira (22). Durante o encontro realizado no dia 22 de abril, o presidente falou sobre intenção de interferir na Polícia Federal, sobre armamento da população e xingou os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e de São Paulo, João Doria. O vídeo gerou grande repercussão e o historiador Marco Antonio Villa comentou suas impressões sobre o caso, no Jornal da Cultura.

"A reunião comprova isso [interferência na PF] sim. Diversas vezes. É inequívoco, ninguém pode brigar com os fatos. A reunião demonstra isso, o presidente se dirigiu várias vezes ao então ministro, cobrando uma interferência direta na Polícia Federal e citando nominalmente os filhos e amigos, e usando palavras que não vem agora ao caso, foram 34 palavrões ditos na reunião. Nem era reunião ministerial aquilo, parecia uma reunião de botequim", comentou.

O historiador ainda falou sobre a afirmação do ex-ministro Sergio Moro de que não teria assinado o decreto de exoneração do ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo e que foi surpreendido ao ver a notícia no Diário Oficial, no qual constava o nome do ex-juiz.

"Não faltam crimes para iniciar um processo de impeachment. Há crimes de responsabilidade, assim como não falta nenhuma infração penal. Crimes não faltam. A questão é se há interesse político, realmente, de enfrentar essa questão, que coloca em risco o Estado democrático de direito", afirmou Villa.



Fonte: TV Cultura

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