Após G7 oferecer dinheiro, Bolsonaro ataca Macron e desdenha de ajuda
Após o grupo de sete potências mundiais anunciarem a liberação de 20 milhões de euros (cerca de 91 milhões de reais) em auxílio emergencial para combater as queimadas na Floresta Amazônica, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atacar o francês Emmanuel Macron e desdenhou da ajuda oferecida.
“Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém — a não ser uma pessoa pobre, né? — sem retorno? Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?”, disse Bolsonaro em pronunciamento a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, recusando-se a responder questionamentos dos repórteres.
No Twitter, o presidente também classificou as críticas que recebeu do presidente francês como ataques à floresta. “Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia, nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma “aliança” dos países do G-7 para “salvar” a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém”, escreveu.
A maior parte do dinheiro que será doado deve ser destinado ao envio de aviões Canadair de combate a incêndios. Além disso, o grupo das sete maiores economias do mundo também decidiu apoiar um plano de reflorestamento de médio prazo que será apresentado na Assembleia-Geral das Nações Unidas em setembro.
Para que a medida entre em vigor, o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais, segundo Macron. Essa “iniciativa para a Amazônia” foi anunciada ao final de uma sessão da cúpula do G7 dedicada ao meio ambiente, durante a qual foi discutida a situação na Amazônia, que tem provocado grande preocupação internacional.
As medidas foram divulgadas oficialmente por Macron e pelo presidente chileno, Sebastian Piñera, em uma coletiva de imprensa nesta segunda durante a reunião de cúpula do G7 em Biarritz. Emmanuel Macron tornou a situação na Amazônia uma das prioridades da cúpula, apelando no sábado para uma “mobilização de todos as potências” para lutar contra as queimadas e em favor do reflorestamento.
Fonte: Reuters e AFP
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