Paraibano vence votação popular e ganha bolsa para estudar na Alemanha
O paraibano Rodrigo Catão, de 34 anos, obteve a maior quantidade de votos populares em uma iniciativa de uma seguradora alemã e ganhou uma bolsa de estudos para continuar no país europeu. Rodrigo chegou a fazer uma campanha nas redes sociais e conseguiu 104.800 votos. O resultado da votação foi divulgado no sábado (16).
“A gente está muito agradecido, temos um sentimento de gratidão enorme e esse carinho que todos depositaram ao votar tem um valor incrível para nós. Somos muito gratos aos amigos, familiares e a todos que direta e indiretamente nos ajudaram e espero muito como profissional e como pessoa poder retribuir, seja inspirando os outros por meio da nossa história como, futuramente, pela minha pesquisa profissional, poder inspirar também pelo trabalho”, contou Rodrigo neste domingo (17).
Estudar em um país diferente era o projeto de Rodrigo Catão, que faz mestrado em Berlim, na Alemanha, onde mora com a esposa, Lorena, e a filha, Maria Antônia. Mas o que parecia ser um desafio ao se mudar para outro país, se tornou um dos motivos para ele concorrer à bolsa. A filha, de 3 anos, levou o paraibano a entrar na disputa.
A ajuda financeira – Rodrigo vai receber uma bolsa de 500 euros durante um ano – faz parte do programa “Study Abroad with a child” (Estude no Exterior com uma criança, em tradução livre) – uma iniciativa de uma seguradora alemã que incentiva pais e mães que não querem parar de estudar mesmo precisando cuidar dos filhos pequenos.
Após uma seleção entre os estudantes estrangeiros segurados pela empresa, o programa escolheu cinco candidatos de países diferentes com as melhores histórias para serem compartilhadas e promoveu a votação popular.
Rodrigo, o único brasileiro na disputa, começou a divulgar a campanha nas redes sociais dele e em pouco tempo conseguiu o apoio de artistas e influenciadores digitais paraibanos, entre eles Elba Ramalho, Hulk, Mayana Neiva, Luan Estilizado, Lucas Veloso, Daniel Pina e GKay – que compartilharam a campanha em seus perfis pessoais.
“Quando acordamos na quinta-feira, precisávamos de 7 mil votos para vencer. Daí começaram as postagens dessas pessoas influentes e se tornou uma corrente com um ciclo positivo. Recebi mensagens de brasileiros ao redor do mundo, na mesma situação que eu, todo mundo apoiando. A gente viveu na pele o poder das redes sociais, do engajamento online quando existe um propósito bacana por trás. Já que as pessoas se identificaram com a nossa história e quiseram nos ajudar”, disse Catão.
Rodrigo Catão nasceu em Campina Grande. Formado em administração pela UFCG, concluiu os estudos em 2008. Durante o último ano do curso, o paraibano viveu a primeira experiência em outro país quando fez um intercâmbio na Inglaterra. Foi então que surgiu o desejo de fazer o mestrado fora do Brasil.
O estudante e administrador conta que, após concluir a graduação, passou os últimos dez anos planejando o sonho. Nesse tempo, ele trabalhou com consultoria e indústria em empresas de Recife (PE) e, em seguida, acabou aceitando outro desafio em uma empresa de Salvador (BA). “Foi uma experiência muito intensa e bacana, mas ao mesmo tempo eu sentia que esse projeto do mestrado em outro país tava ficando pra trás”, lembra.
Viagem para estudar na Alemanha
O campinense diz que a ideia de viajar para estudar em outro país com a esposa, Lorena Catão, era para 2015. Porém, o nascimento da filha, Maria Antônia, adiou os planos do casal. “Nossa filha foi um presente de Deus, então tivemos que adiar esse desejo”, conta Rodrigo.
O sonho foi realizado em setembro de 2018, quando a família viajou para a Alemanha. Rodrigo conta que aplicou o projeto de mestrado para duas universidades na Europa, visando as cidades com menor custo de vida em relação aos padrões europeus, e então foi aceito na GISMA Business School, em Berlim.
“Em vez de juntar dinheiro para comprar um carro ou um apartamento, eu juntei dinheiro pra investir nesse projeto. Eu acho que a gente tem que acreditar nos nossos sonhos e fazer de tudo pra que ele aconteça”, salienta.
Fonte: G1
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