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Aliado vê com maus olhos atuação de filhos de Bolsonaro


Suplente de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no Senado, o empresário Paulo Marinho afirmou neste domingo (17) que vê as atuação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro em assuntos de governo “com maus olhos”.
“Vejo como todo mundo: com muito maus olhos. Mas filho é filho, né?”, afirmou a jornalistas ao deixar o hotel onde esteve hospedado com o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) nos últimos dias, em Brasília.

O ministro, que deve ter sua exoneração publicada nesta segunda (18), é pivô de uma crise que tem como um dos personagens centrais Carlos Bolsonaro, o filho do presidente que é vereador no Rio de Janeiro e seu desafeto desde a campanha.

Bebianno tornou-se o centro de uma crise instalada no Palácio do Planalto depois que a Folha de S.Paulo revelou a existência de um esquema de candidaturas laranjas do PSL, presidido pelo ministro entre janeiro e outubro de 2018.

Marinho, cuja casa se tornou o “quartel-general” da campanha de Bolsonaro no Rio de Janeiro em 2018, afirmou que Bebianno deve ter sua exoneração confirmada nesta segunda (18), se sente injustiçado e deve dar sua versão dos fatos.

“Ele vai querer dar sua versão, até porque ele não vai querer sair como mentiroso, porque essa acusação é improcedente”, disse.

Marinho almoçou com Bebianno neste domingo e disse que o ministro não se sente vingativo com relação a Bolsonaro, que endossou as críticas de seu filho Carlos ao aliado, presidente interino do PSL durante todo o período eleitoral.

“A gente deste lado não tem esse sentimento, só queria ajudar”, afirmou. Marinho disse ainda que é “vida que segue” e que é que acontece quando “se anda em más companhias”.

Marinho foi indicado por Bebianno para a chapa de Flávio. Ele e o ministro são próximos desde que compuseram a cúpula do Jornal do Brasil juntos, com Marinho vice-presidente e Bebianno como diretor jurídico.

O primogênito de Bolsonaro aceitou a contragosto a indicação, já que o relacionamento com o ministro não é dos melhores desde a pré-campanha, quando decidiu-se trocar o Patriota (preferido de Flávio) pelo PSL.



Fonte: Folhapress.

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