Ricardo Coutinho: A realidade é de crise, e a crise é para todos
No seu programa semanal de rádio, ontem, Ricardo Coutinho tratou enfaticamente da nova contenda com o Judiciário paraibano, desencadeada pela presidência do Tribunal de Justiça, que ingressou com ação (outra) no Supremo Tribunal Federal visando receber integralmente os repasses previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).
A ação tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski.
RC colocou para os ouvintes que no ano de 2010 (último da gestão anterior – José Maranhão) os repasses ao Judiciário totalizaram R$ 331 milhões 892 mil, e que no ano passado as transferências somaram R$ 595 milhões 940 mil, representando um crescimento nominal de 79,56%.
No mesmo período, ainda conforme o relato de Ricardo, as receitas ordinárias do Estado passaram de R$ 4 bilhões 859 milhões para R$ 6 bilhões 552 milhões (elevação de 34,82%), “para pagar tudo”.
Dessa maneira, “do orçamento previsto (em 2017) o Executivo realizou 80,89%, enquanto o Judiciário 96,37%.
“O presidente (do TJ, desembargador Joás de Brito Pereira) litiga contra o Estado, não é contra o governador”, enfatizou RC, emendando que “o desembargador acha pouco” o dinheiro transferido.
Ricardo Coutinho afirmou ainda que “as coisas não podem ser assim. Você não pode ter poderes que não se adequem à realidade existente. A realidade é de crise, e a crise é para todos. Não é só para ´seu José ou dona Maria´. A crise não pode separar alguns que não podem perder nada, do pouco que perdem, de outros que não têm quase nada, e que precisam ter um governo que olhe para eles”.
– Se essa decisão fosse mantida, eu teria que anunciar medidas duras de contenção – avisou o governador.
Fonte: Paraíba Online
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