Fórum de assentados denuncia que violência migrou da cidade para o campo
Uma comissão de 20 agricultores ligados ao Fórum dos Assentados dos Municípios de Areia, Pilões, Serraria e Remígio procurou a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Paraíba (Incra/PB), na quarta-feira (4), para denunciar o aumento dos casos de furtos, de roubos e de violência doméstica na zona rural da região do Brejo paraibano. Representando os 12 assentamentos ligados ao Fórum, assentados, acompanhados de lideranças políticas e de representantes do Serviço de Educação Popular (Sedup), entregaram uma carta de reivindicações ao superintendente da autarquia no estado, Rinaldo Maranhão.
O documento foi resultado do seminário “Segurança pública no campo: ameaças e desafios que refletem na agricultura familiar”, realizado no Assentamento Socorro, no município de Areia, em dezembro de 2017, que contou com a participação de agricultores assentados, representantes de movimentos sociais do campo e de entidades e instituições como sindicatos rurais, o Polo Sindical da Borborema, a Delegacia Móvel da Mulher do Estado da Paraíba, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Uma das representantes do Fórum é a mestre em Pedagogia Conceição Cristina Pereira da Silva, que vive no Assentamento Socorro, em Areia, e se graduou em Pedagogia na Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Segundo ela, assim como nas grandes cidades, é grande o clima de insegurança nas áreas rurais da Paraíba.
“Estamos perdendo nossos bens e nossa tranquilidade devido à falta de segurança pública no campo e à falta de efetivação de algumas políticas públicas”, afirmou Cristina da Silva, que também integra o Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta do Estado da Paraíba, criado em 2015.
Um dos principais interesses dos bandidos, conforme os representantes do Fórum, são os motores usados para a irrigação das lavouras.
“A violência da cidade grande está migrando para o campo e vem causando muitos prejuízos aos agricultores familiares. Precisamos buscar, em conjunto com os órgãos da área de segurança, implementar medidas que devolvam a tranquilidade aos nossos agricultores”, afirmou Rinaldo Maranhão.
Para discutir a efetivação de políticas públicas de segurança aplicáveis à zona rural do estado, ficou acordado, durante a reunião na Superintendência do Incra/PB, que a autarquia entrará em contato com a Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba (Seds) para agendar um encontro com a participação de representantes do Incra e da comissão do Fórum dos Assentados dos municípios de Areia, Pilões, Serraria e Remígio.
Uma comissão de 20 agricultores ligados ao Fórum dos Assentados dos Municípios de Areia, Pilões, Serraria e Remígio procurou a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Paraíba (Incra/PB), na quarta-feira (4), para denunciar o aumento dos casos de furtos, de roubos e de violência doméstica na zona rural da região do Brejo paraibano. Representando os 12 assentamentos ligados ao Fórum, assentados, acompanhados de lideranças políticas e de representantes do Serviço de Educação Popular (Sedup), entregaram uma carta de reivindicações ao superintendente da autarquia no estado, Rinaldo Maranhão.
O documento foi resultado do seminário “Segurança pública no campo: ameaças e desafios que refletem na agricultura familiar”, realizado no Assentamento Socorro, no município de Areia, em dezembro de 2017, que contou com a participação de agricultores assentados, representantes de movimentos sociais do campo e de entidades e instituições como sindicatos rurais, o Polo Sindical da Borborema, a Delegacia Móvel da Mulher do Estado da Paraíba, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Uma das representantes do Fórum é a mestre em Pedagogia Conceição Cristina Pereira da Silva, que vive no Assentamento Socorro, em Areia, e se graduou em Pedagogia na Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Segundo ela, assim como nas grandes cidades, é grande o clima de insegurança nas áreas rurais da Paraíba.
“Estamos perdendo nossos bens e nossa tranquilidade devido à falta de segurança pública no campo e à falta de efetivação de algumas políticas públicas”, afirmou Cristina da Silva, que também integra o Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta do Estado da Paraíba, criado em 2015.
Um dos principais interesses dos bandidos, conforme os representantes do Fórum, são os motores usados para a irrigação das lavouras.
“A violência da cidade grande está migrando para o campo e vem causando muitos prejuízos aos agricultores familiares. Precisamos buscar, em conjunto com os órgãos da área de segurança, implementar medidas que devolvam a tranquilidade aos nossos agricultores”, afirmou Rinaldo Maranhão.
Para discutir a efetivação de políticas públicas de segurança aplicáveis à zona rural do estado, ficou acordado, durante a reunião na Superintendência do Incra/PB, que a autarquia entrará em contato com a Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba (Seds) para agendar um encontro com a participação de representantes do Incra e da comissão do Fórum dos Assentados dos municípios de Areia, Pilões, Serraria e Remígio.
Sem delegacias da mulher no interior
Cristina da Silva destacou ainda que a violência também tem crescido dentro das casas das famílias assentadas na Paraíba. Segundo ela, as agricultoras enfrentam ainda mais dificuldades para denunciar seus agressores, que, em sua maioria, são seus próprios companheiros, devido à cultura do machismo e à inexistência de delegacias de polícia especializadas no atendimento às mulheres na grande maioria dos municípios do interior da Paraíba.
“Temos relatos de mulheres assentadas que foram vítimas de violências domésticas praticadas por seus companheiros e que se sentiram violentadas mais uma vez devido ao péssimo atendimento que receberam nas delegacias não especializadas, que geralmente não atendem de forma adequada as mulheres que sofrem com este tipo de violência”, afirmou Cristina da Silva.
Ela ressaltou que o Fórum dos Assentados dos municípios de Areia, Pilões, Serraria e Remígio já possui uma parceria com a Seds e com a Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (Semdh) para a promoção de palestras sobre violência doméstica e para a orientação acerca dos procedimentos que devem ser adotados nos casos concretos.
Fonte: Assessoria
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