Coluna do Gutemberg Leite: ‘’ Repórter ‘’ na madrugada
Ano de 1991.
Jornal
"O NORTE".
Na madrugada
eu conheci, na prática, o quanto é desafiador a caminhada de um repórter.
Eu não era
jornalista ainda. Apenas era funcionário do jornal que fez história na imprensa
da Paraíba. Maior em circulação.
Eu
trabalhava no Parque Gráfico como operador de computação. Apenas controlava um
PC complicado que imprimia as notícias em papel filme e que eu as revelava em
químicos, em um quarto escuro. Depois eu colocava as tiras para secar em uma
estufa de ar quente.Em seguida, os paginadores iam recortar as matérias e colar
em página específica montando o jornal...
Um trabalho
"da gota" até chegar à grande impressora OFF SET nas madrugadas
quando, enfim, o jornal O NORTE era impresso e entregue às bancas, ruas, assinantes
e leitores enfim...
Ali mesmo,
eu vi e vivi os desafios da CARREIRA JORNALÍSTICA.
Certa vez,
numa madrugada, após a edição começar a ser impressa na grande impressora
"GÓS"...peguei um exemplar do jornal e sai.
Me veio
"na telha" investigar a situação das Bocas de Lobo em toda a avenida
Epitácio Pessoa indo e voltando, sentido centro praia e praia centro. Contei 46
Bocas de Lobo cheias de lixo, terra, tampas quebradas e outras roubadas por
catadores de reciclagem...
Depois dessa
"doidice" fui pra casa.
Quando
voltei para trabalhar à noite entreguei o texto __pequena nota__ ao editor
geral relatando o fato. Prontamente aceito, o texto foi publicado na edição
seguinte informando às autoridades para que resolvessem o caso.
Na prática
essa é a função do : ir às ruas, vê um problema e intermediar junto às
autoridades os dramas do povo.
Renomado
jornalista, Ricardo Kotscho diz em seu livro A PRÁTICA DA REPORTAGEM: "Com
pauta ou sem pauta, lugar de repórter é na rua. É lá que as coisas acontecem,
vida se transforma em notícia".
Eu não era
repórter do jornal mas fiz meu papel de repórter. Alí, ví e senti o drama e o
prazer que a profissão nos proporciona no dia a dia.
Drama porque
não podemos resolver casos sozinhos e prazer porque com nosso trabalho de
informar podemos ajudar de alguma forma a resolver casos que prejudicam a
sociedade.
Somos assim
os mediadores dos conflitos.
Em muitos
casos o trabalho da imprensa soluciona questões assim.
Assim a
confiança da sociedade em nosso trabalho se consolida mais e mais...
"Com
efeito é aos jornalistas__e não aos políticos ou técnicos__, que o povo confia
os seus mais ardentes anseios.
Foi através
da imprensa, do clamor levantado pelos jornalistas que o Nordeste recebeu,
afinal Paulo Afonso...Esta compreensão dos reclamos da jora presente se está
enraizada na alma dos jornalistas individualmente"...
Enfatiza
Luis Beltrão em seu livro Iniciação à Filosofia do Jornalismo, Edição de 1960,
pág 123.
Isso é a
vida de repórter: cheia de desafios, dramas e conquistas.
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