Ao discursar para executivos de finanças, Bolsonaro sugere metralhar Rocinha
Em evento para mais de mil executivos do setor financeiro, o
deputado federal e pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro
(PSC-RJ), declarou que mandaria um helicóptero derramar milhares de folhetos
sobre a favela da Rocinha, avisando que daria um prazo de seis horas para os
bandidos se entregarem. Encerrado o tempo, se eles continuassem escondidos,
metralharia a Rocinha.
A fala de Bolsonaro foi aplaudida de pé pela plateia, durante
evento promovido pelo banco Pactual BTG, na terça (6), em São Paulo. O fato foi
relatado pelo colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, e repercutiu nas redes
sociais.
Na conta do Twitter, a senadora e presidente nacional do
Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman (PT-PR), destacou o fato de Bolsonaro
ser aplaudido em pé pelos operadores do mercado financeiro e questionou a
desumanidade da proposta. “E o povo, trabalhadores, mulheres, jovens e crianças
que vivem lá? Não tem importância?! Já vimos este filme na história da
humanidade. Vá de retro...”.
A deputada federal Maria do Rosario (PT-RS) também indagou na
conta do Twitter sobre qual a diferença entre um “idiota psicopata” que sugere
metralhar a Rocinha e aqueles que entram em cinemas, escolas, bares
metralhando. “O que fez esse discurso foi aplaudido. Esse líder do ódio deve
receber o desprezo de todas as pessoas dignas desse país”, afirma.
Para Leonardo Boff, escritor e teólogo reconhecido pela
defesa dos direitos dos pobres e excluídos, os mais de mil empresários que
aplaudiram Bolsonaro mostra o nível de consciência “fascitóide” das elites.
“Segundo Belluzzo nem são elites. São apenas ricos, riquíssimos. Não gostam de
democracia mas de golpes e de ditaduras”, afirma na conta do Twitter.
Fonte: O Povo Online
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