Fifa recebeu R$ 319 milhões para aceitar Copa no Qatar, diz Blatter
A Fifa teria recebido um pagamento de US$ 100 milhões (R$ 319
milhões) da TV estatal do Qatar pela escolha do país como sede da Copa do Mundo
de 2022.
A informação aparece em um novo livro sobre os bastidores da
Fifa, escrito pela jornalista Bonita Mersiades e noticiada pelo diário
britânico Daily Mail. Mersiades passou os sete anos seguintes às eleições para
as Copas de 2018 e 2022 investigando o caso.
Segundo ela, em dezembro de 2010, meses antes da votação,
membros do Comitê Executivo da Fifa estavam preocupados com os possíveis
prejuízos de uma vitória do Qatar. Foi quando a Al Jazeera (atual BEIN Sports)
concordou com o acordo secreto de pagar um bônus de US$ 100 milhões em caso de
vitória do Qatar.
Questionada pelo “Daily Mail”, a emissora não negou o
pagamento e afirmou que são “práticas normais de mercado, muitas vezes impostas
às emissoras por federações ou detentores de direitos de transmissão de eventos
esportivos”.
A revelação do pagamento foi feita à jornalista pelo
ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter. O dirigente afirmou que sabia, já na
véspera, que o Qatar venceria, superando a proposta dos EUA, considerada até
então a favorita.
Segundo o dirigente, foi o ex-jogador Michel Platini, então
presidente da Uefa (confederação europeia), quem o informou sobre a virada no
jogo. Outro ex-astro dos gramados, Franz Beckenbauer, também foi alvo de
revelações de Blatter.
Blatter estava tão certo da derrota norte-americana, que
ligou pessoalmente para o presidente Barack Obama para avisá-lo que os EUA
perderiam.
Insatisfeito com a vitória do país do Oriente Médio, Blatter
só foi convencido quando o governo do Qatar lhe garantiu que não teria um
opositor nas eleições da Fifa em 2011.
Até então, Mohamed bin Hammam, membro do Comitê Executivo da Fifa, era
apontado como possível candidato.
Fonte: R7/ Esporte
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