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Com condenação de Lula, Judiciário "virou Suprapoder que tem lado", diz Menezes


Para ele, "não é apenas Lula. É mais grave e diz respeito a todos nós. O Brasil sempre se caracterizou por formas políticas de exceção. Na história do Brasil a democracia é exceção e não regra", advertiu ele, acrescentando que " neste aspecto, é fundamental analisar o lugar do poder judiciário na armadura do poder dominante hoje. Socialmente, trata-se um segmento das classes dominantes que se comporta como um estamento".

CICLOS - No seu entendimento, " estão se encerrando dois ciclos históricos combinados, o da constituição de 1988, bem como o "ganha-ganha" policlassista do lulismo originário, possibilitado pela lealdade de todas as forças políticas - mesmo as de oposição - ao terreno comum da atual constituição, não por acaso muito conhecida como "cidadã".
Conforme analisou, " é preciso nos prepararmos para o florescimento de um novo período histórico, certamente mais radicalizado e de deslealdade à letra do pacto da lei".

E concluiu: - A era Lula (a fase dourada dos governos passados de Lula e Dilma, compreenda-se) acabou, mas o lulismo cresceu muito. Trata-se do maior movimento político de massas da história brasileira. É importantíssimo defender o legado da era Lula e compreender o novo papel radical do lulismo em crescimento. A nova agregação potencial das massas virá mais, de imediato, de um programa de combate concreto às reformas neoliberais da previdência e do Estado, entre outras do governo Temer. Há de haver intrínseca combinação da defesa intransigente da democracia e contra os gravíssimos retrocessos. Mais vale o que será".






Fonte: Wscom 

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